sábado, 16 de julho de 2011

Aplicação de plano de Aula com leituras de Imagens

Plano de aula

Turma: 6ª3(5° série)
Escola: E. M. E. F. Zaira Hauschild
Professor titular: Candido
Alunos: 30
Faixa etária: 11 a 13 anos
Meninos: 18
Meninas: 12
Professora: Juraci Martins Nunes
Período: duas aulas de 50 minutos cada
Título: Quebra-cabeças-Leitura de imagem
Esse plano de aula tem como objetivo construir novas aprendizagens relacionadas à leitura de imagens de obras de Arte por meio da utilização do jogo de quebra cabeças.
Contextualização/conteúdos:
Ao apresentar o trabalho para os alunos achei que seria algo muito fácil, nem de longe imaginei o turbilhão que seria para os alunos quando começaram a tentar montar os quebra-cabeças. Iniciei apresentando as obras de Tarcila do Amaral e Aldemir Martins no Datashow. Até ai tranquilo. Feita a divisão dos grupos e a entrega dos envelopes contendo a imagens os mesmos iniciaram a tentativa de montarem os pedaços e formarem a imagem. Ai que comecei a me dar conta da dificuldade que eles tinham. Não se deram conta nem que poderiam primeiro separar por cores, continuaram apesar da extrema dificuldade em montar o que para mim parecia um simples exercício de criança. Três alunos ao cabo de mais ou menos trinta minutos desistiram e os que continuaram não conseguiram terminar a tarefa, pois o segundo período iria terminar e seria o recreio. Tive que parar os catorze e quarenta e cinco para que tivessem tempo de responder as questões. Mesmo nas respostas dá para ver que eles não conseguem entender muitos aspectos sobre artes. Tem dificuldade para o todo e as minucias passam despercebidas. Teriam que ser trabalhadas as questões de cores, figura fundo, noções de espacialidade e leitura de imagem que parece não terem sido trabalhadas.
Caracterização da turma: A turma é heterogênea, pois é formada por vários grupos tendo interesses diferenciados. Alguns vêm de uma escola do Morro de Paula, lugar distante do centro e eles mesmos dizem que lá eles não aprendem nada. Sua autoestima em relação aos outros é muito baixa, mas procuram aprender e são alguns bastante esforçados. Três alunos da turma são repetentes. A faixa etária vai dos 11 aos 14 anos. A turma tem 18 meninos e 12 meninas.

Procedimentos:
1° momento:
Apresentação dos artistas e das imagens.


2° momento:
Divisão dos grupos e início da montagem dos jogos.

3° momento:
A professora estará acompanhando a montagem partindo da apresentação da imagem auxiliar que estará com o grupo.

4° momento:
Término da montagem e início das questões orientadoras para a leitura de imagem. A professora estará apresentando as questões e os alunos terão que apresentar por escrito. Sempre acompanhados da professora.
Questões:
O que vocês veem nesta imagem?
Quais cores podem perceber?
São cores próximas as que vemos na realidade?
Por quê?
Que formas podem perceber nessa imagem?
Como vocês descreveriam para alguma pessoa que não estivesse diante dessa imagem aquilo que vocês viram?
Finalização:
A professora estará mostrando todas as imagens pela data- show questionando os alunos se reconhece ou não o artista que foi trabalhado por meio do jogo.
Referências Bibliográficas:
PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Material de apoio ao professor. Exposição Vistas do Brasil-Coleção Brasiliana/ Fundação Estudar na Pinacoteca do Estado. São Paulo: Fundação Estudar/Vitae, 2003.

Relatório de observação do ensino de Artes no ensino fundamental

1- Turma: 6s3
Zona Urbana
Nº de alunos: 31
Faixa etária: 11 a12 anos
Perfil da turma:
A turma é participativa, porém são agitados. Em geral colabora para o bom andamento da aula. A grande maioria realiza os trabalhos com empenho e mostra interesse pela disciplina. Observei que com trabalhos práticas a turma concentrasse mais e tenta atingir os objetivos.
2- Aspectos relativos à formação e atuação do/a professor/a:
O professor atua na rede há sete anos. Sua formação acadêmica é Habilitação em Licenciatura em Artes Plásticas e Bachareladas em Artes Plásticas pintura.

3- Caracterização do espaço de trabalho e recursos disponíveis:
O espaço físico da sala de aula é de saturação. A sala se torna pequena com o número máximo de alunos (31), mais mesa do professor e armário. Os materiais utilizados pelo professor é o quadro verde, giz, folhas que os alunos trazem no início o ano e lápis, lápis de cor e canetas coloridas. A escola possui data show, retro projetor e Xerox. A sala de aula não possui nenhuma imagem de artes. O professor tem dois períodos por semana em cada turma.
Em algumas turmas ele tem os períodos separados, um período de cinquenta minutos cada aula.
4- Observação da situação de ensino-aprendizagem:
O professor trouxe a aula preparada. A proposta da aula foi a Diferença entre desenhos figurativos e abstratos. Figurativo com curvas e figurativo misto. O professor pediu que os alunos fizessem um desenho figurativo para colorir, com exemplo no quadro. No segundo momento pede que façam um desenho que tenha linhas curvas e mistas e o terceiro exemplo é que façam um desenho figurativo usando linhas mistas e completar com outras linhas.
As fotos dos trabalhos, para mim, não apresentam muita criatividade por parte dos alunos. Eles mostraram pouca criatividade. Os desenhos são similares ao do professor, não há nada muito diferente ou que se sobressaia como algo que seja criativo. Pelo que percebi o aluno não construiu um conhecimento apropriado para o nível e série que estão.

Conduru escorregadio e embaçado

Conduru escorregadio e embaçado

Estarei aqui versando sobre as análises feitas a partir do texto do autor Roberto Conduru e também trarei a minha experiência pessoal como visitante da 29° Bienal. Com o apoio dos textos de curadores como Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos. Dentro dessa análise buscarei os aspectos positivos e negativos da construção do texto do autor fazendo uma reflexão a partir de minha experiência como visitante de Bienais.
Penso que o autor Roberto Conduru coloca de forma clara a pesquisa histórica das Bienais. Quando relata a linha histórica do evento. O autor diz:

[...] Além de possibilitar uma visão critica da arte moderna, a Bienal permitiu o confronto da arte feita no Brasil a partir da década de 10 com a produção contemporânea. O que não significava pouco. Ao integrar o sistema de arte local ao circuito de arte mundial, embora quase apenas como lugar de divulgação, a Bienal seguia o projeto universalizante das vanguardas artísticas europeias do início do século, sua tendência internacionalista, e atendia também ao desejo da cultura moderna brasileira de integração efetiva a ordem mundial. Dai imagem da Bienal como a grande janela da arte no Brasil [...] (CONDURU, 1998, p.68)

Essa ideia vem ao encontro do que penso sobre o papel das Bienais. Penso que a promoção da arte contemporânea feita no Brasil, pelas Bienais, estava construída em uma visão de mundo onde tínhamos uma produção no passado valorizando a arte estrangeira não reconhecendo a produção existente no Brasil. Nossos artistas que aprenderam com os grandes mestres europeus tornaram-se bons alunos e superaram os mestres transformando essas imagens e transpondo para o nosso mundo, para o ser brasileiro. Isso atinge seu auge com as obras de Tarsila do Amaral com o antropofagismo que absorve a arte estrangeira, mas coloca a realidade brasileira com sua vida, seu samba, sua alegria dentro de uma terra que se transforma a partir da miscigenação que traz a alegria das cores e o modo em que transforma suas tristezas em alegria, a malandragem e o gosto pelo risco de viver intensamente e viver fazendo do pouco muito.
A culminância deste reconhecimento vem por meio da criação da Bienal de São Paulo numa época em que a cidade ainda não se constituía no grande caldeirão cultural que se transformou a partir da segunda metade do século 20. Como Roberto comenta:

“[...] ainda que o feito da segunda Bienal não tenha se repetido, as edições seguintes estabeleceram um padrão que, com altos e baixos, se manteve até a 9° edição, em 1967[...]” (CONDURU, 1998, pg.68).

Visto que o MASP e o MAM não davam conta de apresentar um panorama da arte mundial, pois se dedicavam a uma produção mais tradicional. A dimensão da ideia de realizar uma exposição como a de Veneza e da cidade de Kassel, na Alemanha, em São Paulo. Constituiu mudanças radicais na produção dos artistas brasileiros. Assim, pensar na periodicidade da bienal foi extremamente pedagógico. Sendo que, os realizadores tinham a ideia de que dois anos seriam um bom período para se observar mudanças no panorama mundial da arte e pra que a equipe da organização pudesse ter tempo para elaborar um bom projeto, realizar contatos e convites. Além disso, realizar uma exposição desse porte era uma empreitada bastante cara e o período de dois anos seria um período razoável. Pela experiência estética que tive como iniciada na leitura da obra de arte, posso dizer que olhar uma mega exposição a 29ᵃ Bienal, foi fantástica. Não consegui imaginar que um dia estaria dentro daquele espaço tão suntuoso e que me abriria um leque de opções permitindo a interação com as obras de arte. Como bem colocou Moacir dos Anjos, um dos curadores chefes do evento ressalta dois pontos importantes: a relação entre arte e politica e a ampliação do entendimento do que é contemporâneo, para isso incluíram na mostra artistas expostos décadas atrás, como Flávio de Carvalho. Ainda segundo Moacir “Contemporâneo não é o recente, mas aquilo que nos faz entender melhor o mundo independente de quanto foi feito”.
Agora me permito colocar aqui algumas posições do autor nas quais divirjo como quando ele diz:
[...] as edições a 9° edição, em 1967. Nas Bienais estiveram presentes as obras mais consequentes do século XX, embora a Pop Arte, apesar de significativas ausências [...]. (CONDURU, 1998, p.68)
Para alguém que é um formador de opinião para dentro do Sistema das Artes faltaram informações ligadas aos acontecimentos da história real e não da História Oficial como o autor coloca. Como o fato de vivermos naquele período uma ditadura militar. Vejam que algumas obras foram retiradas da mostra por “ferir” a Constituição brasileira, que proibia a utilização de símbolos nacionais. Conforme as regras vigentes esses símbolos só poderiam ser usados para fins oficiais ou “patrióticos”. A representação americana foi tão marcante, que esta Bienal ficou conhecida como a “Bienal Pop”. Todos éramos sabedores que o governo norte americano tinha apoiado o Golpe Militar de 1964. Assim, não surpreendeu a ninguém que a representação americana fosse tão massiva. A delegação foi composta por artistas como: Robert Rauschenberg, Roy Liechtenstein, Claes Oldenburg, Robert Indiana, Tom Wesselmann, Andy Warhol e Jasper Johns.



Vejam como Roberto Conduru fala sobre os apoios institucionais:
“[...] Iniciativa privada que não consegue responder inteiramente pelo evento, a fundação Bienal depende do Estado, de verbas públicas federais, estaduais e municipais, mas também do Itamaraty, vinculo diplomático que sempre reforça o viés nacionalista [...]” (CONDURU, 1998, p.72)

Ele poderia ter se dado conta que a arte não se sujeita aos fatos históricos. Ela encontra seus meios de protestar e sair pela tangente quando a liberdade de expressão no campo da Arte é tolhida. Como em tempos de “tormenta” pode-se navegar, mas temos que encontrar meios de comunicar. A arte usa de metáforas para questionar os vários tipos de governo e regime e também a “politicagem” que é algo instituído no Brasil desde que os portugueses aqui chegaram.
Como forma de alavancar as artes foi criada depois a Lei Rouanet de incentivo a cultura e doações privadas. Moralizando o gerenciamento do orçamento da cultura que no período Militar foi descaradamente desviado.
A criação e organização de uma mostra desse porte são complexas. Assim, temos a necessidade de buscar muitos apoios e nesse caminho os orçamentos podem ter um direcionamento produtivo ou não. No caso da Bienal de São Paulo, desde a 14° edição da exposição, em 1977, as obras passaram a ser reunidas em núcleos temáticos. A partir de 1990, a estrutura da exposição começou a girar em torno de um tema proposto pela curadoria.
Os formatos das Bienais foram se modificando a cada edição, assim como o público visitante, os arte educadores e principalmente o artista que expõe naquele espaço e que sabe que o visitante mudou a sua visão da mesma, pelo fato de já ter se configurado uma mudança no sistema das Bienais e das artes. Principalmente, em relação ao espaço, o tempo e o formato dessa mega exposição. Agnaldo Farias, curador da 29ᵃ Bienal, salientou a preocupação em não fazer uma exposição convencional, “meramente contemplativa”, mas criar espaços que privilegiem o encontro, recuperando a tradição do debate e da celebração politica da Bienal de São Paulo, além de ter um grande projeto educativo.
Presenciei uma grande organização, artistas da nova e da velha geração. Não percebi uma divisão histórica e o traço comum a todos os participantes me pareceu a transgressão, a busca pelo novo e a experimentação.
Mesmo que já se tenham passado 13 anos em relação às edições passadas e nas quais o autor faz sua análise. A minha experiência na visitação da Bienal deixou claro que mesmo que as Bienais 22ᵃ e 23ᵃ não tenham ficado a contento na opinião do autor, vi pessoalmente que os fracassos anteriores contribuíram para que os Curadores trouxessem novas perspectivas e melhorassem o nível da Bienal para que hoje seja considerada uma megaexposição.

“[...] Montar uma exposição e preparar uma aula são coisas que têm muito a ver uma com a outra. Tudo exige muita atenção aos detalhes. Nesse ofício não existe uma fórmula no que se refere ao público. Acredito que temos obrigação de honrar os artistas através da inteligência. Por isso, exijo sempre do público, razão pela qual sou contra textos chavões, cheios de clichês. Acho que quando usamos chavões, não estamos pensando. Nossa obrigação é, portanto, selecionar. Existem critérios, excelência, labor intelectual. Aliás, não acredito nessa história de que gosto não se discute, porque se discute, sim. Inclusive, a estética nasce disso. O gosto é completamente construído, ele é cultural. [...]” (FARIAS, 2010, _)

“Há sempre um corpo de mar par o homem navegar.” Com esta frase já se pode perceber tudo o que foi pensado, que caminharíamos por uma arte que questionaria, mostraria que temos condições de reinventar nossa realidade e olhar novamente para uma arte que ainda consegue se reinventar e encher nossos olhos e lavar nossa alma, nos levando a percorrer e pensar como aa arte tem essa força de movimentar pessoas e encantá-las. Foi como me senti, tonta com tantas coisas novas e maravilhada com este mundo tão antigo e tão novo em seus movimentos de busca da vida, como o mar, tão lindo e tão imprevisível.
Referências Bibliográficas:
http://www.bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/29Bienal/Paginas/Curadoria.aspx
http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/Educativo/Documents/espaco_do_professor_encontro3_curadoria.pdf

Vanguarda Artística


O final da década de 60 é tomado pelo tom da ditadura militar e suas investidas contra a liberdade e os direitos humanos.

*O momento político e social brasileiro inaugurado no começo os anos 60 requisitou uma nova resposta efetiva os artistas, em suas Produções, e uma nova perspectiva crítica em suas obras.
* O golpe de 64 e o Ato Institucional n.5 exigiram outras posturas da sociedade e renovados posicionamentos dos artistas.


Qual seria a face dos anos 60, como ela formalizou-se no campo da cultura e qual fundamentação construir para pensar globalmente produção cultural e artística dos anos 60?
A representação cultural mais abrangente dos nos 60 estaria na saga do personagem
Brasilino ( Cadernos do Povo) e seu cotidiano, minuciosamente descrito, cercado de produtos
e serviços da indústria multinacional e estrangeira? Ou estaria na mudez totêmica do “Porco
Empalhado”, do artista Nelson Leiner, a demandar um outro olhar sobre o mundo?



Numa troca de cartas, Lygia Clark resumiu com uma frase o caráter da arte que queria fazer Oiticica, reclamando da arte "morta" que via por lá, tão longe do que estavam tramando no Brasil.
Do Rio, Oiticica respondeu: "Hoje sou marginal ao marginal, marginal mesmo: à margem de tudo, o que me dá surpreendente liberdade de ação". Arrematava dizendo "podemos botar fogo neste continente".
Regime ditatorial nos quais os artistas buscavam formas de burlar a censura para continuar
se expressando;

*Arte como forma de protesto;

*Questionamentos implícitos sobre a censura, a sociedade e a arte;

*Nova relação público-obra;

*Criação dos salões de Arte Contemporânea;

*Bienais Nacionais e Internacionais de São Paulo;

*Exposição- Arte como protesto –Bernardo Caro.

A música, o teatro e o cinema foram atividades culturais mais atingidas pela censura mi-
Litar.

*Década das experimentações artísticas que transcendem as paredes fechadas dos museus e galerias de arte.

*Passagem da modeArtistas da Vanguarda

- Rubens Gerchman;
Nelson Leiner;
Maria Helena Motta Paes;
Mário Bueno;
Enéas Mattos Dedecca;
Raul Porto;
Geraldo Jungersen;
Geraldo de Souza;
Wesley Duke Lee;
Geraldo de Barros;
José Resende;
Hélio Oiticica;
Aguilar;
Carlos Vergara
Surge
Grupo Rex
Irreverente, iconoclasta, ruidoso, polêmico, e... efêmero. O grupo Rex, da mesma forma que surgiu, também desapareceu: gerando polêmica, causando tumulto.
À origem desta cooperativa artística paulista relaciona-se ao episódio em que Wesley Duke Lee, Nelson Leiner e Geraldo de Barros retiraram suas obras da exposição coletiva Proposta 65, em protesto e em solidariedade ao artista Décio Bar que teve alguns de seus trabalhos censurados pelo regime militar. Teria sido justamente após este incidente, que estes artistas decidiram não apenas formar um grupo, mas abrir uma galeria e publicar um jornal, com “frentes de luta”, para questionar e combater a mistificação da arte e o circuito se formava em torno dela: galerias, marchands, críticos, mídia.

Pretensões do grupo:

*Vincular a experimentação de linguagens, materiais e suportes às possibilidades de uma arte participante;

*A intenção de se comunicar com o público, de forma mais imediata e através de métodos menos convencionais;

*elaborar uma crítica séria ao processo de mistificação da obra de arte.

O lema do grupo é instruir e divertir
A consideração da produção do grupo permite entrever a diversidade de estilos, ainda que os trabalhos produzidos se liguem às novas figurações e ao novo realismo em pauta nos Estados Unidos e na Europa, sobretudo às experiências da arte pop. Além disso, todos eles dialogam com a realidade urbana, em obras de franco ccaráter experimental.

Opinião 65

“A jovem pintura pretendia ser independente, polêmica, inventiva, denunciadora, crítica, social, moral. Ela se inspira tanto na natureza urbana imediata como na própria vida com seu culto diário de mitos”. Com essas palavras, a marchand e jornalista Ceres Franco anuncia a exposição Opinião 65.

Onde? Museu de Arte Moderna do Rio de janeiro-MAM/RJ
Segundo o crítico Michel Rangon, em 1961, há um retorno à figuração, na qual se observa o tratamento livre da figura, fora dos moldes realistas e descritivos tradicionais, a partir de lições retiradas informalismo, do expressionismo abstrato e da arte pop.

O impacto das novas linguagens figurativas na arte nacional é imediato, sobretudo em artistas cariocas, como Antonio Dias, Carlos Vergara, Rubens Gerchman, Roberto Magalhães, Ivan Freitas e Adriano Aquino, participantes de opinião 65.

Verifica-se o cenário internacional das artes plásticas, já no começo da década de 60 o abandono das linguagens abstratas , geométrica e gestual, e retorno da figura, ou melhor, uma apropriação da figura como fez a Pop Arte com as imagens divulgadas pela mídia transformando-as em naturezas mortas da sociedade de consumo. No fenômeno da nova configuração o que interessa é o significado da imagem e não uma forma representativa. Uma imagem alusiva, grotesca e provocativa. A estética do mau gosto desafiando uma sociedade do bom gosto, industrial e politicamente correta.
A obra do artista plástico carioca Rubens Gerchman, representa bem esse momento na arte brasileira. Muitas das propostas artísticas da vanguarda brasileira que se desenvolveram entre 1964 e 68 estavam comprometidas em dar respostas ao golpe militar. A nova linguagem figurativa dialogava de forma mais direta com a realidade político social.
Em paralelo a uma arte de denúncias, bastante difundida pelos militantes políticos, surgiram outras manifestações de arte coletiva abertas à participação do espectador como as propostas de Hélio Oiticica e os Domingos da Criação organizados por Frederico Morais. Em 1968no Salão de Brasília, o Porco Empalhado de Nelson Leiner, artista paulista integrante do grupo Rex, não era apenas o questionamento da instituição arte, interrogava as outras instituições da sociedade, naquele contexto político.
A experiência francesa foi palco onde os ideais e as paixões acumuladas explodiram e deu início a uma revolução que mudou a história do século XX. A guerrilha se espalhou pela América latina, reivindicações de todas as parte e de todos os tipos, liberdade sexual, racial. Nos EUA, os estudantes revoltados com a cruel possibilidade de morrer na guerra do Vietnã,protestaram.
No Brasil estudantes em passeata enfrentam a repressão militar, em abril de 1968, a policia mata o estudante secundarista Edson Luiz no Rio de Janeiro e em Dezembro o golpe mortal do governo militar, o Ato Institucional N° 5. O auge da repressão. Ninguém mais se sentia seguro.
A arte foi proibida na rua, exposições fechadas, como a Bienal Nacional em Salvador e artistas presos ou vivendo na clandestinidade ou no exílio. Fecharam-se as cortinas e o espetáculo passou a ser encenado na obscuridade.
Bibliografia

www.ian.unicamp.br/vangardasemcampinas

www.ian.unicamp.br/vangardasemcampinas/artihos_pdf/sylvia_furegatti.pdf

www.pt.wikipedia.org/wiki/tropicalia

www.culturaemercado.com.br/pontos_de_vista/as_artes_plasticas_na_decada_de_1960_e_maio_de_1968/
http://www.google.com.br/search?q=obras+de+arthur+bispo+do+ros%C3%A1rio&hl=pt-BR&biw=1360&bih=596&prmd=ivnso&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=AuEHTrrsA8O4tge8sbXjDQ&ved=0CCsQsAQ
www.pt.wikipedia.org/wiki/pintura_no_brasil

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS :O ensino de Artes Visuais na Contemporaneidade ABORDAGEM TRIANGULAR ANA MAE BARBOZA

Ana Mae Barbosa , em sua Proposta Triangular, afirma que o aluno deve contextualizar, apreciar, e fazer para que tenha um aprendizado significativo na área das artes.
Sob esses tópicos recaem muitos conceitos e teorias acerca do que é mais valido e mais necessário no ensino das artes.


Conhecer Arte:
possibilita o entendimento de que arte se dá num contexto, tempo e espaço onde se situam as obras de arte.
Ana Mae propõe que se trabalhe a contextualização nas aulas de artes em um contexto próximo e relacionado com o do aluno.

Apreciar Arte:
desenvolve a habilidade de ver e descobrir as qualidades da obra de arte e do mundo visual que cerca o apreciador. A partir da apreciação educa-se o senso estético e o aluno pode julgar com objetividade a qualidade das imagens.

Fazer Arte:
desenvolve a criação de imagens expressivas, os alunos conscientizam-se de suas capacidades de elaborar imagens, experimentando os recursos da linguagem, as técnicas existentes e a invenção de outras formas de trabalhar a sua expressão criadora.

Aspectos metodológicos da Proposta Triangular

O aluno tem a possibilidade de ler e interpretar o mundo contextualizando eventos sócio culturais e ampliando seus conhecimentos.
Desenvolver e estimular a criatividade do aluno nas suas produções artísticas.
Possibilita os alunos criarem conceitos e opiniões ao apreciarem uma obra de arte visual , inclusive suas próprias criações.
Possibilita o aluno realizar releituras com o objetivo de conceber uma nova leitura.
Despertar o interesse pela história da arte através da ampliação de leitura de imagens.
Evidenciar no aluno todas as suas possibilidades e limitações de sua linguagem plástica.
Adaptar os alunos a uma análise processual da criação de imagens (leia-se todo objeto artístico).
Colaborar para uma construção de formas mais expressivas que corroboram em um pensar sobre o processo artístico , que o aluno o fará de um jeito bem mais “lúdico”.

Bibliografia:

www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link...
apeduufrgs2007.pbworks.com/f/OFICINA+ACM
www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?...
http://artesvisuaisemacao.blogspot.com/2007/10
Revista de educação CEAP – Ano 11 – nº 43 – Salvador, dez/2003 ( p.55- 65)

O ensino das Artes no Brasil




Dos textos que li a influência politica na ensino e principalmente nas artes é muito pesado. Principalmente em artes que era vista como uma matéria que não tinha importância nenhuma a não ser aprender a desenhar e reproduzir o que estava na moda. Segundo o relato de Ana Mae,sobre memória e história, ela passa por todo o período histórico politico do Brasil mostrando o quanto o ensino das artes era tratado como uma disciplina secundária. E segundo sua fala as artes nem passava pelas cabeças pensantes que seria também algo fundamental para o ensino das artes. Não havia interesse entre os educadorees, artistas e intelectuais em estabelecer parâmetros para o ensino das artes. Conforme o relato de Ana Mae, havia uma disputa política entre os mesmos que prejudicava a educação e o ensino das Artes nas Escolas. Assim, por meio da autora podemos perceber como funcionava e como estava o panorama histórico/político no Brasil durante todos esses anos, como as artes foram relegadas e desprezadas pela classe governista naquele momento.




ANÁLISE SOBRE PCN

A minha análise sobre o PCN consegui perceber alguns eixos orientadores como: a exigência em construir uma pedagogia na qual os educandos são inseridos e introduzidos no universo da arte. Pela história da constrição dos PCNs e do relto de experiência de muitos arte educadores vimos um salto no ensino da arte. Uma das arte educadoras que esteve na linha de frente deste processo foi Ana Mae Barbosa, trazendo como orientação a abordagem triangular, leitura de imagem, contextualização e prática para os educandos. Como trabalho com as séries iniciais me utilizo desses parametros nacionais em algumas partes onde fala sobre a educação infantil e o universo da arte. Como a contextualização.

PCN Arte EF Séries finais
A LDB para a educação Nacionl, de 1996, em seu parágrafo segundo do artigo 26 das disposições gerais sobre a educação básica, apresenta o ensino de Arte como "componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos" (Brasil,1996,p.10). Apartir dessas premissas elabora-se os Parâmetros Curriculares Nacionais, nos quais a "Arte se apresenta como área de conhecimento que requer espaço e constância, como todos os as áreas do currículo escolar (Brasil,1998,p.63), abrangendo, no ensino fundamental, as linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e teatro. A música conquistou um lugar relevante somente no ano de 2008 através da Lei nº 11.769, de 18 de agosto,colocando-a como disciplina obrigatória.
Os PCNs nos ajudarão a elaborar as ulas a seremm ministradas para os alunos, visto que são norteadores, então tem o objetivo de ajudar a qualquer professor de Norte a Sul do Brasil respeitando suas peculiaridades regionais. Como somente gora estou tendo acesso, por estar cursando Artes, percebo o quanto é importante ter conhecimento dos PCNs e como as Artes são diferentes de tudo que havia visto e tido contato nas escolas em que lecionei.